THE RELATIONSHIP BETWEEN HABITUAL HANDLING MONEY NOTES AND INFECTIOUS-CONTAGIOUS DISEASES
TIPO DE ARTIGO: Observacional Analítico de Coorte
AUTORES: Hyeda A(1), Costa E(2).
RESUMO
Objetivo
Analisar a eventual relação das doenças infectocontagiosas em indivíduos que manipulam habitualmente a nível profissional notas de dinheiro.
Métodos
Estudo do tipo coorte, retrospectivo, observacional, analítico, não randomizado. Os indivíduos que trabalham com manipulação habitual de numerários foram incluídos no grupo dos “expostos”, comparados com os “não expostos”. As doenças infectocontagiosas analisadas, a partir das licenças médicas, foram as de origem respiratória, gastrointestinal e oftalmológica.
Resultados
Houve 603 casos no grupo “expostos” e 752 nos “não expostos”. Não houve diferença estatisticamente significativa no número de licenças médicas e no total de dias perdidos por doença infectocontagiosa nos dois grupos (p=0,3197 e p=0,0954, respectivamente). No grupo de “expostos”, o risco relativo para licença médica por doença infectocontagiosas de origem gastrointestinal foi de 1,131 (IC 95% entre 0,865 a 1,479, com p=0,366), oftalmológica de 0,769 (IC 95% entre 0,517 a 1,1421, com p=0,191) e respiratória de 0,735 (IC 95% entre 0,572 a 0,9456, com p=0,015).
Conclusão
O contato laboral habitual com notas de dinheiro não aumentou o risco de licenças médicas por doenças infectocontagiosas.
Palavras-chave: Doenças Transmissíveis, Exposição a Agentes Biológicos, Trabalhadores.
ABSTRACT
Objective
To analyze the eventual relationship between infectious diseases and individuals who have habitual professional contact with money notes.
Methods
This is a cohort study, retrospective, observational, analytical, non-randomized. Individuals working with habitual manipulation of money notes were included in the group “exposed” group and compared to “non-exposed” group. The infectious diseases analyzed were those of respiratory, gastrointestinal and ophthalmological origin.
Results
There were 603 cases in “exposed” group and 752 in “non-exposed” group. There was no statistically significant difference in the number of medical certificate and total days lost due to infectious disease in both groups (p = 0.3197 and p = 0.0954, respectively). In the “exposed” group, the relative risk for medical leave due to infectious diseases of gastrointestinal origin was 1.131 (95% CI 0.865 to 1.479, with p = 0.366), ophthalmologic 0.769 (95% CI 0.517 to 1.1421, with p = 0.191) and respiratory 0.735 (95% CI 0.572 to 0.9456, p = 0.015).
Conclusion
The usual contact with money notes did not increase the risk of medical licenses for infectious diseases.
Keywords: Communicable Diseases, Exposure to Biological Agents, Workers.
INTRODUÇÃO
Os principais agentes biológicos encontrados na natureza são as bactérias, fungos, parasitas, protozoários e os vírus1-3. Esses agentes podem entrar para o corpo humano por diversas vias, nomeadamente a inalatória, cutânea, digestiva e mucosa (sobretudo a nível ocular). Desta forma, podemos encontrá-los no ar, na água, em diversos objetos, superfícies e equipamentos de trabalho, bem como na superfície da pele dos trabalhadores3. Apesar desses microrganismos serem omnipresentes, existem determinados ambientes de trabalho em que o risco de adoecer é maior; alguns exemplos a citar serão os serviços de saúde em geral, laboratórios de análises e pesquisa, frigoríficos, estações de tratamento de esgoto ou empresa de colheita e reciclagem de lixo3.
A identificação de microrganismos em notas de dinheiro é uma condição bem estudada e comprovada em diversas publicações científicas4-6. Já foram isoladas diversos tipos de bactérias, bem como vírus, fungos e determinados parasitas; as principais doenças infectocontagiosas (DI) que poderiam ser transmitidas ao ser humano terão eventualmente origem gastrointestinal, respiratória ou oftalmológica3-6.
Até o momento, não há evidências da relação causal entre a manipulação de dinheiro e as DI (risco biológico). Identificar essa associação tem importância fundamental, pois pode contribuir na implantação de medidas para interromper ou reduzir o risco do desenvolvimento de doenças ao trabalhador, bem como seu absenteísmo e perda de produtividade. Por outro lado, é importante não rotular de causal uma associação e que não se tenha certeza, pois isso poderia gerar uma série de infrutíferas tentativas de prevenção, desviando a atenção de outras condições mais importantes 2,3.
O objetivo deste estudo foi analisar a eventual relação entre doenças infectocontagiosas em indivíduos que manipulam habitualmente notas de dinheiro.
MÉTODOS
Trata-se de um estudo do tipo coorte, retrospectivo, observacional, analítico, não randomizado, realizado numa empresa do setor financeiro, com um total de 6.398 trabalhadores, distribuídos em 317 estabelecimentos ou unidades, localizados em 113 cidades de um mesmo estado, no Brasil. Considerando o tipo de atividade, a empresa é classificada como grau de risco I e apresenta um Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) único7.
Os dados do estudo foram obtidos a partir de dois bancos de dados disponibilizados pela empresa, a partir de um termo de autorização para o uso das informações. O primeiro refere-se aos dados sociodemográficos e funcionais de todos os empregados e o segundo apresentava todas as informações das licenças médicas por doença na empresa.
Para analisar a hipótese do estudo, foram identificados, a partir do primeiro banco de dados, os empregados que trabalhavam na função de caixa e incluídos no grupo de “expostos”. Esta atividade laboral é realizada em ambiente de agência bancária, com carga horária de seis horas por dia e com contato habitual com público externo e manipulação de numerários, supostamente com exposição aos microrganismos presentes nas notas e moedas. Aqueles que trabalhavam em área interna ou de apoio, fora do ambiente de agência bancária, com carga horária de seis a oito horas por dia, habitualmente sem contato com público externo ou numerários, foram incluídos no grupo intitulado “não expostos”. O estudo iniciou-se em 01/09/2013 e os grupos foram acompanhados até 31/08/2017 (quatro anos de seguimento). Foram excluídos do estudo, aqueles que saíram da função de caixa por algum motivo (saída da empresa, mudança de função) no grupo de “expostos” ou transferidos para agência bancária no grupo de “não expostos”. As condições sanitárias dos locais de trabalho eram adequadas e estavam em conformidade com a legislação brasileira, com local próprio para higienização das mãos. Não havia nenhum tipo de equipamento de proteção coletiva ou individual, especificamente para risco biológico (por exemplo, luvas, máscara, álcool para higienizar as mãos), nos locais de trabalho.
Do universo de 6.398 registros de empregados na empresa no estado do Paraná, 603 atenderam os critérios de inclusão no grupo de “expostos” e 752 nos “não expostos”, ou seja, a amostra foi representativa da população total, com intervalo de confiança (IC) de 97%.
Durante o período do estudo, os pesquisadores acompanharam o segundo banco de dados, ou seja, o registro de licenças médicas por doença dos grupos “expostos” e “não expostos”. O motivo do afastamento foi analisado a partir do Código Internacional de Doenças (CID) na sua 10° edição. Neste estudo, foram consideradas como doenças infecciosas (DI) aquelas de origem do trato gastrointestinal (grupo “A”, incluídas no capítulo I do CID 10, com intervalo entre A00 até A09), as oftalmológicas (grupo “H”, capítulo I e VII, intervalo de H10 até H16.2 e B30 até B30.9) e as respiratórias (grupo “J”, capítulo X, intervalo J00 até J11.8)8. Aqueles que apresentaram algum afastamento por DI foram incluídos no subgrupo intitulado “com licença por doença infecciosa” ou “com LDI”. Os demais casos ficaram no subgrupo “sem licença por doença infecciosa” ou “sem LDI)”.
Sendo assim, a variável independente foi o local e o tipo de trabalho (contato com numerários e público externo). Por outro lado a variável dependente foi ter ou não licença médica por DI de origem gastrointestinal, respiratória ou oftalmológica.
As características demográficas da população estudada foram tabuladas e avaliadas por estatística descritiva (média, desvio padrão, mediana e frequências), com apoio do software Microsoft Office Excel ®, versão 15.0 de 2013. Os resultados para as associações são apresentados sob a forma de risco relativo (RR) e risco atribuível (RA). As variáveis qualitativas (nominais) foram comparadas pelo teste do Qui-quadrado (x2). Já as variáveis paramétricas, foram analisadas por meio do teste T de Student para medidas independentes. Considerou-se estatisticamente significativos todos os achados com valor de p< 0,05. As análises foram conduzidas com auxílio do programa IBM SPSS Statistics 20.
RESULTADOS
Do universo total do registro de empregados do estado do Paraná, houve 603 com critérios de inclusão no grupo dos “expostos”, distribuídos em 234 agências bancárias, localizadas em 97 cidades. Por outro lado, houve 752 empregados no grupo de “não expostos”, distribuídos em 54 unidades de apoio, localizadas em 5 cidades do mesmo estado. Todos os empregados no grupo dos “expostos” trabalhavam seis horas por dia. No grupo dos “não expostos”, 76,73% (577) trabalhavam seis horas e 23,27% (175) oito horas por dia.
Observou-se um predomínio de indivíduos do sexo masculino nos dois grupos (339 ou 56,22% nos “expostos” e 407 ou 54,12% nos “não expostos”). A média de idade foi semelhante entre os grupos (“expostos” com 46,22, variando entre 24 e 64 anos, e “não expostos” com 46,67, variando de 23 a 67 anos), conforme demonstrado na Tabela 1.
A maior frequência de afastamento nos “expostos” foi por DI de origem gastrointestinal (127 atestados; 42,76%), respiratória (120; 40,40%) e oftalmológica (50; 16,84%). No grupo dos “não expostos” as principais causas de afastamento foram respiratório (208; 49,88%), gastrointestinal (131; 31,41%) e oftalmológico (78; 18,71%). Considerando o número de licenças médicas por doenças infecciosas, identificou-se que não houve diferença estatisticamente significativa entre os “expostos” e “não expostos” (p=0,3197), conforme Tabela 1.
Quanto ao total de dias perdidos nos “expostos”, houve predomínio do grupo de DI respiratória (208 dias; 40,00%), seguida pela gastrointestinal (184; 35,38%) e oftalmológica (128; 24,62%). Nos “não expostos”, destacaram-se as DI respiratórias (369 dias; 45,50%), seguida pelas oftalmológicas (252; 31,07%) e gastrointestinais (190; 23,43%). Considerando o total de dias perdidos por doenças infecciosas, observou-se que não houve diferença estatisticamente significativa entre o grupo de “expostos” e “não expostos” (p=0,0954), conforme Tabela 1.
Identificou-se que 185 indivíduos apresentaram, em algum momento do estudo, afastamento por DI de origem gastrointestinal (grupo A), sendo 88 casos no grupo de “expostos”. Observou-se que a incidência nos “expostos” foi de 14,59%, e nos “não expostos” de 12,90%, com incidência global de 13,65%. O RR para afastamento por infecção de origem gastrointestinal foi de 1,131 (IC 95% entre 0,865 a 1,479, com p=0,366) e o RA de 1,60%, conforme Tabela 2 e 3.
Houve 97 indivíduos que apresentaram, em algum momento do estudo, afastamento por DI de origem oftalmológica (grupo H), sendo 37 no grupo dos “expostos”. Neste caso, a incidência dos “expostos” foi de 6,14% e nos “não expostos” 7,98%, com incidência global de 7,16%. O RR para afastamento por infecção de origem oftalmológica foi de 0,769 (IC 95% entre 0,517 a 1,1421, com p=0,191) e o RA de -1,80%, conforme Tabela 2 e 3.
Por fim, houve 221 indivíduos que apresentaram, em algum momento do estudo, afastamento por DI de origem respiratória (grupo J), sendo 82 no grupo dos “expostos”. Neste caso, a incidência dos “expostos” foi de 13,60% e nos “não expostos” 18,48%, com incidência global de 16,31%. O RR para afastamento por infecção de origem respiratória foi de 0,735 (IC 95% entre 0,572 a 0,9456, com p=0,015) e o RA de -4,8%, conforme Tabela 2 e 3.
Analisando todos os tipos de DI consideradas no estudo, houve 412 indivíduos que apresentaram licença médica por este motivo, sendo 168 no grupo de “expostos”. Neste caso, a incidência dos “expostos” foi de 27,86% e nos “não expostos” 32,45%, com incidência global de 30,41%. O RR para afastamento por infecção de origem respiratória foi de 0,858 (IC 95% entre 0,728 a 1,01, com p=0,068) e o RA de -4,5%, conforme Tabela 2 e 3.
DISCUSSÃO
Nem sempre os microrganismos encontrados na natureza trazem riscos para a saúde9,10. Muitos deles fazem parte da microbiota saudável e convivem em uma relação simbiótica com o hospedeiro, trazendo por vezes importantes benefícios9,10. Grande parte das espécies já isolados nas notas de dinheiro não são, obrigatoriamente, patogénicas e, pelo contrário, podem fazer parte da microbiota normal do ser humano4-6,10. Os mesmos microrganismos isolados no dinheiro, também já foram encontrados em superfícies ou objetos como telemóveis (celulares), botões de elevador, botões das caixas multibanco (terminais de autoatendimento do banco), casas-de-banho (banheiros) ou até em relógios de ponto com biometria11,12.
A importância deste estudo foi analisar se há risco para a saúde dos indivíduos que manipulam numerários habitualmente4-6. Foi demonstrado que, ao final do estudo, não houve diferença estatisticamente significativa, tanto no número de licenças médicas quanto no total de dias perdidos por DI, em indivíduos que manipulavam numerários habitualmente. O único risco relativo superior a 1 e risco atribuível positivo em indivíduos que manipulavam numerários foram para as DI de origem do gastrointestinal, porém como p-valor não significativo. Com relação ao grupo total de DI, diferente do esperado, houve uma tendência de proteção nos indivíduos que manipulavam numerários, com risco relativo menor que 1 e risco atribuível negativo (p-valor 0,068). Considerando que não havia nenhum equipamento de proteção coletiva ou individual no local de trabalho dos dois grupos, especificamente para risco biológico, supõe-se que os indivíduos das áreas de apoio sentem-se mais protegidos e costumam não adotar os mesmos hábitos de higiene do que aqueles que estão em contato contínuo com o público externo (por exemplo, lavagem periódica das mãos). Outra hipótese é o tempo de exposição ao agente, ou seja, considerando que o público externo tem uma maior rotatividade e fica um menor tempo no ambiente de trabalho dos “expostos”, supõe-se que este fator reduza o risco de transmissão para DI, diferente dos “não expostos”, que existe um maior tempo de contato entre os indivíduos (entre 6 a 8 horas de exposição, dependendo do tipo de função). Essas hipóteses precisam ser comprovadas através de novos estudos.
A partir destes resultados, pode-se concluir que não se justifica considerar que os indivíduos que manipulam numerários estão expostos a um risco biológico específico, diferente daqueles que não trabalham diretamente em contato com público externo ou dinheiro. Entretanto, independente do indivíduo ter ou não contato com numerários, é fundamental promover as boas práticas de higiene na empresa, seja individual, coletiva ou do ambiente de trabalho, como forma de prevenção das DI. Por exemplo, o hábito de higiene das mãos e a mudança de comportamento para prevenir contra infecções no ambiente de trabalho, por exemplo, podem reduzir o risco de DI, principalmente aquelas de origem gastrointestinal, bem como o absenteísmo dos trabalhadores13-16.
Este estudo foi favorável, pois obteve uma amostra representativa de uma instituição financeira e conseguiu delimitar claramente um grupo que atende habitualmente o público externo e tem contato habitual com o dinheiro (função de caixa), e outro que atua em local de trabalho diferente, em atividades de apoio, sem contato habitual com público externo ou numerários. O tempo de acompanhamento da coorte estudada também foi outro ponto positivo e suficiente para comparação dos grupos quanto o desenvolvimento de doenças infecciosas, considerando o tempo de latência que habitualmente ocorre nestas patologias. Por fim, foram consideradas no estudo os principais tipos de patologias infecciosas que poderiam ser transmitidas através do contato com numerários.
Deve-se considerar como limitações do estudo que os casos de DI foram identificados a partir da análise de licenças médicas, portanto, dependiam do preenchimento adequado do documento pelo profissional que realizou o atendimento do indivíduo, bem como a informação correta da patologia através do CID. Além disso, o estudo incluiu apenas os casos de DI que apresentaram algum grau de incapacidade laboral, com necessidade de afastamento do trabalho. Não foram identificados e incluídos os casos de DI que não causaram absentismo.
CONCLUSÃO
Conclui-se que o contato habitual com numerários no trabalho e o atendimento ao público externo não aumentou significativamente o risco relativo e o risco atribuível, bem como o número de licenças médicas e o total de dias perdidos, por doenças infectocontagiosas incapacitantes para o trabalho de origem gastrointestinal, respiratória e oftalmológica.
REFERÊNCIAS
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Tabela 1 – Perfil dos grupos de expostos e não expostos a manipulação de numerários de acordo com o número de trabalhadores, faixa etária, número de atestados médicos e total de dias perdidos – PR, Brasil, 2017.
Expostos | Não Expostos | Total | p valor | |||
Número Empregados | ||||||
Masculino | 339 | 56,22% | 407 | 54,12% | 746 | |
Feminino | 264 | 43,78% | 345 | 45,88% | 609 | |
Total | 603 | 752 | 1355 | |||
Média de Idade | 46,22 | 46,67 | ||||
Máximo | 64 | 67 | ||||
Mínimo | 24 | 23 | ||||
Número de Atestados | ||||||
Grupo A* | 127 | 42,76% | 131 | 31,41% | 258 | 0,6755 |
Grupo H** | 50 | 16,84% | 78 | 18,71% | 128 | 0,5999 |
Grupo J*** | 120 | 40,40% | 208 | 49,88% | 328 | 0,4329 |
Total | 297 | 417 | 714 | 0,3197 | ||
Total de Dias Perdidos | ||||||
Grupo A* | 184 | 35,38% | 190 | 23,43% | 374 | 0,8473 |
Grupo H** | 128 | 24,62% | 252 | 31,07% | 380 | 0,7086 |
Grupo J*** | 208 | 40,00% | 369 | 45,50% | 577 | 0,7573 |
Total | 520 | 811 | 1331 | 0,0954 |
*doença infecciosa gastrointestinal; **doença infecciosa oftalmológica; ***doença infecciosa respiratória.
Fonte: Elaborado pela equipe pesquisadora.
Tabela 2 – Perfil de incidência e risco de doença infectocontagiosa no grupo de expostos e não expostos à manipulação de numerários – PR, Brasil, 2017.
Grupo A* | Grupo H** | Grupo J*** | Total | |
Incidência nos “expostos” | 14,59% | 6,14% | 13,60% | 27,86% |
Incidência nos “não expostos” | 12,90% | 7,98% | 18,48% | 32,45% |
Incidência global | 13,65% | 7,16% | 16,31% | 30,41% |
Risco Atribuível | 0,017 | -0,018 | -0,049 | -0,046 |
Risco Relativo | 1,131 | 0,769 | 0,736 | 0,859 |
IC95% | (0,865 a 1,479) | (0,517 a 1,142) | (0,572 a 0,945) | (0,728 a 1,012) |
p valor | 0,366 | 0,191 | 0,015 | 0,068 |
*doença infecciosa gastrointestinal; **doença infecciosa oftalmológica; ***doença infecciosa respiratória.
Fonte: Elaborado pela equipe pesquisadora.
Tabela 3 – Perfil de trabalhadores que desenvolveram ou não doença infectocontagiosa no grupo de expostos e não expostos – PR, Brasil, 2017.
Exposto | Não exposto | Total | ||
Grupo A* | com licença médica por doença infecciosa | 88 | 97 | 185 |
sem licença médica por doença infecciosa | 515 | 655 | 1170 | |
Grupo H** | com licença médica por doença infecciosa | 37 | 60 | 97 |
sem licença médica por doença infecciosa | 566 | 692 | 1258 | |
Grupo J*** | com licença médica por doença infecciosa | 82 | 139 | 221 |
sem licença médica por doença infecciosa | 521 | 613 | 1134 | |
Total | com licença médica por doença infecciosa | 168 | 244 | 412 |
sem licença médica por doença infecciosa | 435 | 508 | 943 |
*doença infecciosa gastrointestinal; **doença infecciosa oftalmológica; ***doença infecciosa respiratória.
Fonte: Elaborado pela equipe pesquisadora.
(1)Dr. Adriano Hyeda
Gradução em Medicina pela Universidade Federal do Paraná; Especialista em Clínica Médica, Cancerologia, Medicina do Trabalho, Medicina Preventiva e Social, Master in Business Administration (MBA) em Gestão de Saúde. Morada completa para correspondência dos leitores: Rua José Loureiro, n°195, 12°andar, centro, Curitiba, Paraná, Brasil. Cep 80010-000. E-mail para correspondência dos leitores: adrianohyeda@hotmail.com.
(2)Dra Élide Sbardellotto Mariano da Costa
Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Paraná; Especialista em Clínica Médica, Cardiologia, Medicina Preventiva e Social, MBA em Gestão de Saúde, Master em Medicina Interna, Curitiba. Cep 80010-000. E-mail para correspondência dos leitores: elide@onda.com.br.
Hyeda A, Costa E. Análise da relação entre a manipulação habitual de notas de dinheiro e o risco de doenças infeto-contagiosas. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line. 2018, volume 5, 36-44. DOI: 10.31252/RPSO.02.06.2018